Fotos e comentários de J. Tomás.
Parte 1
Gosto de enviar os mails personalizados, mas desta vez vai tudo a 'granel'.
Para ter a certeza de que todos vêem, começo pelo lote de fotos mais surreais!...
Esta é uma terra de malucos: o pastor leva as ovelhas, indo de carro atrás. E, como disse, «quem não tem cão, caça com gato»... Eu ainda tentei filmar, para, pela primeira vez, tentar pôr uma coisa no You Tube, mas o gato (cão de brincadeira), mal viu o cão a sério, pisgou-se para a retaguarda (mesmo para trás do carro, que era sítio bem mais seguro!....), deixando a tropa ovina desguarnecida!.... E lá fiquei sem o filme! Mas disse-me o pastor que «há por aí gente que tem fotos do gato a 'cavalo' numa ovelha!....». Doido o pastor, doido o gato e doidos os carneiros, ovelhas e cordeiros - tanto os brancos, como os pretos! Manicómio completo!
Parte 2
NO COMMENTS!...
Pelo percurso inverso do ano passado (com o desnível acentuadíssimo como subida inicial em vez da descida final), para se acabar no Abrigo onde à tarde se assaram as castanhas.
A D. Maria da Luz, que tem lá casa, tinha também desistido pela previsão de mau tempo, mas, ao saber que tínhamos ido, foi lá ter com o marido.
Parte3
Saímos da Adega do Fumo (ou Fuminho) não chovia. Depois chovia, mas não há fotos de jeito, havendo só algumas do nevoeiro, já em cota mais baixa. Mais abaixo os moinhos em ruínas, de que também aqui falta alguma a mostrar o interior. Mas no ano passado vimos um ainda funcional (era um dos poucos que hoje estavam fechados). Se no ano passado foi difícil subir por ali, este ano, com maior humidade, mais difícil foi baixar!
Parte4
Uma personagem caricata: Ria-se porque eu falhara na adivinha que tinham posto no ar: Para que servia o artilúgio da árvore? E não era para ferrar cavalos, como eu dissera; era para o touro de cobrição fecundar as vacas ali atadas!... Explicou-me o horror que viveram ali com o incêndio em Setembro (ter de retirar com os bombeiros o pai e outro velhote vizinho, ambos em coma, para a casa da cunhada à face da estrada; defender a casa e o curral das vacas - que depois tiveram de vender pela falta de pastagem; e soltar a burra, que fugiu espavorida, regressando só passado 15 dias, etc...) E muito mais falaria, dada a solidão em que ali vivem!... Mas o Gil, dos Amigos do Rio Ovelha (o da foto seguinte, que fechava o pelotão), disse-me depois que não se lhe podia dar muita conversa, já que numa ocasião até de caçadeira em punho os ameaçou (salientando que a Cristina é que o 'domara' na ocasião, ficando ele, depois, 'amigo' dos caminheiros). Mas que é preciso cuidado, porque tanto ele como a irmã, que também ali vive, à tarde estão sempre perdidos de bêbados, tendo reacções inesperadas.
Uma personagem do século XIX: Enquanto nós suámos a gota gorda pelo prazer saudável de desfrutar da montanha, ainda há - mesmo ao domingo! - quem venha da cavar a terra, à moda antiga, de enxada, como há milhares de anos!....
A serra queimada.... ....mas com pedaços intactos. E mesmo onde ardeu, já se vê o milagre da Natureza a renascer!
A chegada à Tasca do Fuminho... ...e o fim do almoço! Comeu-se com tanto apetite e tão apertados (já que o tempo ameaçava chuva eminente, não se podendo comer cá fora), que nem fotos dignas de registo se tiraram... Mas a meia dúzia de galegos que também nos acompanharam elogiaram o licor de canela - e os outros.... - que nada ficam a dever ao seu Licor de Hierbas!...
E já era Inverno... ...voltando depois ao Outono meio ensolarado, aqui com o Lobo de Fafe e com o fotógrafo concorrente, que levou na sua máquina (igual à minha) o meu melhor sorriso na foto do grupo, já que eu pensava que era a minha, quando o fotógrafo 'oficial' de turno a tirou, multiplicada pelas várias máquinas de vários caminheiros. E depois, na minha, já me apanhou distraído, a falar para o lado!
Parte 5
«....Chegando ao Abrigo» - a foto que eu tirei ao grupo, com o meu sítio logicamente vazio, a meio, ao lado da Lola.
[...ASSIM ACABEI AUSENTE NESTA REPORTAGEM; SE BEM QUE, NARCISICAMENTE, ME TENHA AUTO-FOTOGRAFADO UM PAR DE VEZES!....]
«...para o Magusto» - os preparativos, enquanto fomos visitar a casa da nossa amiga.
No regresso, após chuvada, cruzámos com muitos que já se iam embora... ....estando o magusto desfeito!
Os demais estavam dentro (onde comemos algumas castanhas que levamos de fora e bebemos algum tintol!)...
Havia alguma animação (tocava-se e cantava-se «Já cheira a Lisboa!» - que despropósito ouvir naquele cenário o que há tantos anos me enterneceu ao descer de avião para Lisboa, vindo da guerra!)...
...e também borga (uns enfarruscavam a cara aos outros!... - Menos mal que não estávamos muito integrados no grupo, pelo que só tivemos que lavar as mãos!
UF!!!!... É TUDO! Para o ano há mais! Mas que não chova no final!... Talvez baste que a Drª. Cristina, que foi quem meteu a cunha ao São Martinho, não se retire tão cedo!)
Um abraço a todos,
J. Tomaz
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