Caminhos da Liberdade


Caminhos da Liberdade, é mais uma iniciativa, levada a cabo pela Junta de Freguesia de Soalhães, no dia 25 de Abril, como promoção do percurso pedestre (PR1-MCN) Pedras Moinhos e Aromas de Santiago.

Desta vez a organização quer partilhar com os visitantes as sensações de liberdade e contemplação que este percurso com cerca de 15 Km tão bem permite, pelas magníficas paisagens que o compõe. Paisagens estas, que se estendem pela serra e que, nesta altura do ano, nos presenteiam com uma ilustração mais evidente das cores, sons e aromas da natureza.

Após visita à Igreja Matriz, monumento Nacional de elevado interesse e valor, e inspirados pela fé, os caminheiros dão início à Caminhada da Liberdade, aproximadamente pelas 9h30m, relembrando, certamente, a valentia e coragem que muitos e muitos sentiram nesse mesmo dia, no ano de 1974.

Junto à “Poça da Sapeira”, uma pequena subida irá levar-nos à Capela de S. Clemente, para renovar a mesma fé e encher de coragem para subir até ao Monte das Pedras Brancas. E lá no alto, por entre penedos, onde os rodados dos carros de bois traçaram caminhos, fruto de um trabalho árduo de quem vivia da terra, a sensação é libertadora!! E pelos vales, uma brisa suave e aromática, embala os juncos que abundam junto das pequenas linhas de água, para refrescar a alma…

Ali perto, a pequena povoação de Vinheiros de Baixo, mostra um conjunto de casas típicas, o Moinho do Balcão a moer milho, as furnas, utilizadas para abrigo dos animais e os lavadouros de pedra antigos, envoltos das agradáveis fragrâncias do Jardim Aromático.

Mais à frente, junto da Capela de S. Tiago, um pequeno mirante, permite ver além das fronteiras do Concelho de Marco de Canaveses. O antigo caminho dos peregrinos a Santiago de Compostela, quase transmite a crença de tantos que lá passaram em tempos de outrora, e mantém-se envolto numa espécie de túnel de vegetação, alimentada por uma levada de água que nos conduz ao “Penedo da Lenda da Burra”.

Segue-se um conjunto de 10 moinhos alinhados e alimentados pela força do mesmo curso de água, fresca e cristalina, que vem da Serra da Aboboreira. Estes são também moinhos de consortes, que noutros tempos moíam vários alqueires de milho, de noite ou de dia e em simultâneo, para aproveitar a força da água que ficava, propositadamente, retida nas poças de água (ora para moer, ora para regar).

Rumo a Almofrela a paisagem, mais seca e agreste, culmina num harmonioso carvalhal.

A paragem que aconchega o estômago faz-se ali mesmo, entre a Capela de S. Brás dos Bogalhos e a Tasquinha do Fumo, com saborosos petiscos para refastelar os mais gulosos.

Retomado o caminho, após uma pequena pausa, iniciam a descida, entre carvalhais, montes descampados e campos de cultivo.

Depois das ruínas da Capela de S. Bento do Pinhão, avista-se o ponto de partida, como aviso prévio de que está prestes a terminar mais uma valente caminhada, com lanche convívio, junto ao Centro Paroquial da Freguesia.

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